sábado, 27 de junho de 2009 às 03:45
És a foz dos meus apelos.
Seja pelo que me dizes, ou fazes, contas ou omites, praticas ou esclareces, há sempre uma parte de ti que me alumia quando me sinto só.
Uma parte de mim vive no teu ser, quando me sorris ou quando ouço a tua voz. Há outra parte que vive em mim, adormecida, como sempre, à espera que a segunda parte faça um pouco mais de sentido.
É este o meu problema fundamental: quando tento mudar, por mais que mude, há sempre uma parte estúpida e anti-sistémica que se liga noutro sítio e impede o meu todo de funcionar condignamente.
Isso faz-me perder nas perguntas que me fazes, nas questões que me colocas. Podias perguntar-me se te amo e a minha resposta seria tão conclusiva como de todas as vezes. É verdade que não te amo na ascenção natural do termo, mas afinal de contas, quem é que sabe na totalidade o que é o amor e o que é que ele significa.
É um facto afirmar que me fazes falta. Mas aqui entra a minha estúpida natureza humana que me obriga a sentir falta unicamente do que quero sentir. Quando sou forçado a viver sem algo, naturalmente, ao fim de alguns segundos deixo de sentir a sua falta. Mas quando convives com a falta que sentes diariamente, o teu corpo tende a tornar-se quase um recipiente vazio para que esse sentimento grasse e vá criando raízes.
Às vezes, pões-me dúvidas que não sei solucionar na altura, ou às quais não me quero forçar a responder porque sei que nem eu nem tu íamos gostar da resposta. Podemos até viver numa mentira estúpida e sermos felizes, ou pelo menos eu chafurdar nessa merda de ilusão doentia e ainda assim sorrir-te. Mas não me completa, não te completa, não nos completa.
E sim, de cada vez que falo em mim ao teu lado parece mais real mas não é só nisso que reside o problema todo da questão.
Quando parece que te prevejo, escondes-te num ápice. Acho que o que quero frisar é que, na realidade, não me alimento da ilusão que tu representas. És tão somente a minha forma de me expressar, a partir do momento em que percebi a importância doentia que tens na minha vida.

Redigido e revisto às 3.54. A esta hora não sai merda boa do meu encéfalo.

4 comentários

  1. Anônimo Says:

    deviax dizr de quem falax

  2. Anônimo Says:

    provavelmente, se não o diz tem motivos...digo eu.

  3. Anônimo Says:

    Se calhr e porque é 1 fruxtado.

  4. Indigo Says:

    Ou então é porque se calhar gosto tanto da pessoa para quem escrevi que não quero nominá-la.

    Antes de ofenderes quem quer que seja, aprende a escrever, se faz favor.

    E não azies só porque escrevo melhor do que tu e toda a gente que tu conheces alguma vez escreverá.

    Obrigado pelos comentários.

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