Blindness
| 0 comentários |
Eufemismo
| 0 comentários |
Specchio
Bea, és uma forma de ser diferente.
De entre tantas, a que mais me cativa.
Porque me sabes sentir tão demente,
Dessa forma deprimente,
Afinal, quase lasciva?
Bea, porque me fazes sonhar
Tantos sonhos diferentes e cor-de-rosa,
Porque me fazes rir e cantar,
Antever e questionar
Em verso, e não em prosa?
Bea, porque és tão tu sem o ser?
Se em mim eu te pinto linda,
De que vale esse temer,
Esse ser sem o parecer,
Que de mim tomas ainda?
Bea, se tu és em mim esperança,
E me fazes tão feliz,
Porque parece vingança,
Que o teu nome, minha criança,
Não seja Beatriz?
| 0 comentários |
Momento musical nº 1
Don't fret precious I'm here
Step away from the window (step away from the window)
Go back to sleep
Safe from pain and truth
And choice and other poison devils.
See, they don't give a fuck about you, like I do.
I’ll be the one to protect you from your enemies and all your demons
I'll be the one to protect you from a will to survive and a voice of reason
I'll be the one to protect you from your enemies and your choices son
They're one and the same, I must isolate you, isolate and save you from yourself.
Ainda, depois de tanto tempo. Mesmo que não concordes com a minha interpretação da música.
| 0 comentários |
Seja pelo que me dizes, ou fazes, contas ou omites, praticas ou esclareces, há sempre uma parte de ti que me alumia quando me sinto só.
Uma parte de mim vive no teu ser, quando me sorris ou quando ouço a tua voz. Há outra parte que vive em mim, adormecida, como sempre, à espera que a segunda parte faça um pouco mais de sentido.
É este o meu problema fundamental: quando tento mudar, por mais que mude, há sempre uma parte estúpida e anti-sistémica que se liga noutro sítio e impede o meu todo de funcionar condignamente.
Isso faz-me perder nas perguntas que me fazes, nas questões que me colocas. Podias perguntar-me se te amo e a minha resposta seria tão conclusiva como de todas as vezes. É verdade que não te amo na ascenção natural do termo, mas afinal de contas, quem é que sabe na totalidade o que é o amor e o que é que ele significa.
É um facto afirmar que me fazes falta. Mas aqui entra a minha estúpida natureza humana que me obriga a sentir falta unicamente do que quero sentir. Quando sou forçado a viver sem algo, naturalmente, ao fim de alguns segundos deixo de sentir a sua falta. Mas quando convives com a falta que sentes diariamente, o teu corpo tende a tornar-se quase um recipiente vazio para que esse sentimento grasse e vá criando raízes.
Às vezes, pões-me dúvidas que não sei solucionar na altura, ou às quais não me quero forçar a responder porque sei que nem eu nem tu íamos gostar da resposta. Podemos até viver numa mentira estúpida e sermos felizes, ou pelo menos eu chafurdar nessa merda de ilusão doentia e ainda assim sorrir-te. Mas não me completa, não te completa, não nos completa.
E sim, de cada vez que falo em mim ao teu lado parece mais real mas não é só nisso que reside o problema todo da questão.
Quando parece que te prevejo, escondes-te num ápice. Acho que o que quero frisar é que, na realidade, não me alimento da ilusão que tu representas. És tão somente a minha forma de me expressar, a partir do momento em que percebi a importância doentia que tens na minha vida.
Redigido e revisto às 3.54. A esta hora não sai merda boa do meu encéfalo.
| 4 comentários |
Vejo-o correndo para mim...
Só que eu não sou certo,
Vejo-me correndo para o fim.
| 0 comentários |
My eyes are pretty but yours are even prettier
I cannot see at all.
The nightly stars shine through the glasses
And illuminates my walls.
It reminds me of what is not so great,
I'm not so great.
What am I doing here,
If I can't reconnect by all means,
Chewing gums and smoking cigars
Cleaning and washing my jeans,
Telling myself to hang on tight,
Let go is for the weak,
I use to make myself grow harder,
While i became thinking as a freak.
My chest is tight and I wonder why,
I cannot breathe at all.
The nightly stars shine through the glasses
And illuminates my walls.
It reminds me of what is not so great,
I'm not so great.
I'm just sitting around waiting for a happy ending,
Embracing memories and staring clouds,
What I did become i can't remember,
My body's slowly turning into shrouds.
Sometimes's life a little naughty,
But there's times we complicate.
My head burns, I'm nauseating,
I let myself deteriorate.
My legs gone numb and I wonder why,
I cannot feel at all.
The nightly stars shine through the glasses
And illuminates my walls.
It reminds me of what is not so great,
I'm not so great.
| 0 comentários |
Box
Que eras mais que uma caixa de cartão.
| 1 comentários |
Inviolavelmente
É um facto factual e esplendidamente brilhante que não podemos negar.
Mas hoje acordei com vontade de escrever de uma forma ligeiramente diferente.
Nunca temos um fim nas nossas acções. Isto é, é óbvio e claro que quando cometemos algo, seja o que for, temos uma intenção.
Mas, quase sempre, pelo meio, essa intenção é destruída pelos meios que utilizamos para atingirmos o nosso fim. E aí entram outros tipos de sensações: tristeza, arrependimento, desanimo.
O uso de advérbios de modo acaba por redundar em pleonasmos perdidos. Se disser, "sai, por um tempo" acabo por dizer o mesmo que "sai mas eventualmente regressa", em muito menos caracteres. E isso cria um problema de simplificação a todos nós.
Não pretendo que o que escrevo seja uma tese, mas é verdade que passamos tanto tempo perdido em exclamações inúteis que acabamos por perder o fio à meada e afastamo-nos do que é realmente importante.
Existem pessoas boas e más, embora o ser humano seja diferente por natureza. Não perfeito, mas pelo menos diferente ao ponto de se sentir realizado com coisas tão inúteis como sinais interdependentes.
Muitas vezes, ficamos tão vidrados na nossa insignificância virtual que nos esquecemos de tudo o que se passa à nossa volta.
Vivemos rodeados de energias inúteis e magias falhadas.
Um mundo de ilusão dentro de um mundo perfeito que está dentro de outro mundo, este povoado de corrupções aziagas que, por sua vez, se fecha nos enleios de outro, este em que vivemos, onde a bondade não abunda e a crueldade ganha espaço em cada segundo.
Quero chegar ao seguinte: em todos nós vive alguém melhor, alguém mais perfeito, algo menos iludente.
Em todos nós existe aquela criança amorosa que um dia correu alegre pelos parques sem saber que, em poucos anos (tão poucos anos...) iria ser confrontada com um futuro menos, tão menos risonho.
Em todos nós existe alguém mais feliz e alguém com segredos, uma obscuridade inútil perdida num obscurantismo irreal.
Em todos nós existe mais de nós, menos de nós e tanto de nós quanto quisermos.
Somos capazes de atingir tudo a que nos propusermos porque os impossíveis são barreiras criadas pela nossa mente.
Vivemos fechado num mundo.
Mas quantos mundos paralelos existirão?
| 0 comentários |
Homenagem: tier 1
Dizer que te amo e que sempre te vou amar é, obviamente, um pleonasmo porque é óbvio que sabes disso.
Há tanta coisa que nunca te disse e que me parece mais premente dizer-te agora que tudo parece tão confuso na minha vida.
Obrigado por seres como és mas também por me teres transformado no que sou hoje.
Quanto a ti, dizer-te que te amo é outro pleonasmo indiscutível. És o melhor homem que conheci até hoje e sei que quando partires vais fazer-me a maior falta do mundo.
Ensinaste-me a fazer tanto do que sei fazer hoje e isso é dizer tão pouco.
Obrigado por seres o melhor pai que existe.
Avós, são mães e pais duas vezes. Sempre soube o que é ter três, nunca o que é ter só dois. Fazes-me falta, sabes?
Obrigado pelo tempo que dispuseram a ensinar-me, a educar-me, a fazer-me melhor. Tu vais sempre ser a minha primeira perda, avó.
Queria tanto que partisses doutra forma.
Aos dois que ainda guardo, amo-os profundamente.
Homenageio-te a ti, que foste a primeira e a última no ser que eu uma vez fui. Transformaste-me de miúdo mimado a homem mais cruel e verdadeiro e, no entanto, fizeste-me parecer menos plausível de ser quem sou.
Embora tudo o que nós tenhamos tido, tenha redundado, quiçá, numa tremenda maldade, ainda recordo hoje os traços que me deixaste na pele.
E a ti, que foste provavelmente quem mais me aturou durante dois anos. Tu que conseguiste aguentar tanto da minha personalidade vingativa e nojenta e ainda assim sorrir-me e animar-te com essa tua alegria inexplicável. Safaste-me de tanta coisa, tu.
Por fim, no fim do meu primeiro capítulo, restas tu. Foste simultaneamente uma das melhores coisas que me aconteceu e uma das piores. Ainda temos que crescer, nós os dois, ambos. Temos de saber viver e compartilhar-mo-nos mutuamente. É óbvio que me recordo de ti nos dias bons. É óbvio também, que tudo o que guardo de ti é muito, muito mais que orgulho fosco.
De entre todas as pessoas que se chamam amigas, dotadas de amizade, foste a que me ensinou uma regra muito específica desse sentimento. É fácil amar alguém que aturamos e beijamos e dizemos coisas amorosas e sorrimos e abraçamos e pura e simplesmente convivemos diariamente do que alguém que demoramos tempo a ver. Fizeste-me compreender que o amor reside não na distância nem na proximidade, mas na cumplicidade que partilhamos.
Obrigado por teres sempre sido sincera comigo. Também guardo na minha pele os teus traços, mais recentes, talvez.
Existem homenagens tantas e a tantas pessoas de tantas formas quanto consigamos reconhecer. A título póstumo, quase todas. Nenhuma quando as merecemos.
Gosto de vós, adoro-vos e amo-vos, a todos, de formas específicas para cada um.
Tudo o que se diz sobre tudo é simplesmente metáfora idiota.
E viva viver.
| 1 comentários |
Pura e simplesmente perdido
Não possuo qualquer pretensão a ser melhor ou pior do que sou. Sou como sou e, goste-se ou não se goste (o que na realidade é o meu caso), isso funciona de forma harmónica na maior parte das vezes.
Não me considero destinado ou apto a liderar seja o que for, a aconselhar seja quem for.
No entanto, e não tão poucas vezes quanto isso, sou eu solicitado para resolução de problemas urgentes.
Vamos ver uma coisa:
Meus amigos, eu sou alguém extremamente desocupado e que pode muito bem passar um dia a planear algo. No entanto, parece-me pouco eficaz pedirem a alguém, que não tem o mínimo jeito para resolver os seus problemas, que resolva os vossos.
Não quero com isto deixar de ser considerado o psicólogo da malta. Não sendo remunerado por isso, acho que sou até bastante bom naquilo que faço.
Sou uma pessoa extremamente insegura que precisa de terreno firme para pisar. É um facto. Outro facto, é que tenho demasiado controlo sobre a minha mente e, ao mesmo tempo, no inverso sentido, tenho nenhum.
O que me leva facilmente a abdicar ou ser abdicado, a perder ou ser perdido, a retornar ou deixar que seja recuperado.
Há uma ideia-chave neste post, contudo, que não posso deixar de referir. Não sendo alguém com uma inteligência particularmente aguçada ou com uma forma excepcional de me expressar, sou alguém, ao invés, com uma facilidade tremenda em raciocinar sobre tudo e nada, todos e mais alguns, rodeie-me ou simplesmente esteja longe, muito longe.
Eu amo-me. Sem narcisismos, sou acima de tudo uma das pessoas que mais me ama. Talvez por isso tenha tanta facilidade em castigar-me duramente. A penitência é uma forma excelente de lidarmos com os erros que cometemos e que se repercutem em alterações no nosso rumo de vida.
Não se iludam, porém. Não falo de cortar pulsos, sacrificar virgens e outras jabardices quejandas. Falo de coisas muito simples que me fazem pensar.
Meto-me onde não devia, simplesmente não como até não suportar as dores de estômago. Tenho a infelicidade de pensar demais em determinados assuntos, pura e simplesmente isolo-me a absorver tudo em que não devia ter pensado.
A ironia no meu ideal é que acima de mim, ninguém, e abaixo de mim tudo o resto. Não o pratico e sei que devia praticar. No entanto, esta forma de lidar com os problemas é tudo menos benéfica e não o aconselho a ninguém com as ideias no lugar.
É só a minha forma infantil de lidar com certas situações.
Memento meditabitur sapientiam.
Post-Scriptum:
. Ainda sinto a tua falta.
. Parabéns aos dois. Merecem a minha amizade.
. Idiota de merda, és a coisa mais racional que eu conheço e ao mesmo tempo a mais sentimental. Go ahead, Fc Dobrovnik.
. Miúda amorosa, mereces.
. Reencontrei-te. Obrigado :)
| 0 comentários |
Resquícios
A sua indumentária era certamente excêntrica. Trajava de couro negro, da cabeça aos pés.
As suas feições estavam quebradas pela negrura tenebrosa de uns óculos de massa negros. Atrás dos mesmos, porém, uns olhos verdes, muito claros, marcavam a diferença de toda a sua figura.
Era branca como neve e os seus lábios estavam pintados do mais delicioso tom de encarnado.
Também o seu cabelo era negro e comprido, tão comprido que lhe roçaria a cintura tirado o pesado casaco que envergava.
A figura descia a rua num passo apressado, sem nunca parar. Aqui e ali dava sinais de inquietude, para logo de seguida se soerguer, como se nunca houvesse hesitado.
Trinta metros atrás dela, tentando o mais possível ser discreto, a figura de um homem recortava-se contra o sol luminoso.
Parecia que ela já se tinha dado da conta da sua presença, porém a rua estava deserta e o homem era, sem dúvida, brilhante na sua função.
Percorreram mais trinta metros neste vaivém de vontades, até que o homem tropeçou numa pedra que rolou pela calçada e tocou, ao de leve, no calcanhar da mulher.
Esta estacou, levantou os olhos belos ao céu e silvou três vezes.
A expressão do seu prossecutor mudou drasticamente, parecendo agora de temor. Então, o seu corpo foi violentamente levantado e sacudido no ar, como uma marioneta presa por fios invisíveis.
Terminou então o grotesco espectáculo.
Já não se distinguiam as suas feições, a sua face estava estranhamente alterada. Onde houvera olhos existiam agora duas fendas, disformes, e a íris estava raiada de um vermelho-sangue.
Os seus lábios estavam unidos por várias linhas de carne como se cosidos entre si e os seus braços repousavam esticados no ar, como que crucificado contra uma cruz que não existe mais.
A mulher sorriu então, linda, e proferiu outras palavras que não houvera proferido até aí. O cadáver irrompeu então em chamas, espalhando cinzas no vento.
O seu senhor ficaria satisfeito com este serviço.
| 0 comentários |
Barcelona
Pedaços de cidades situadas, na sombra do vento.
| 0 comentários |
Com vontade de ser diferente.
Porque é que tentamos sempre ser melhores?
| 2 comentários |
Os habituels do costume
Falo de amor/habituação.
Todos nós sabemos que amamos as pessoas da nossa família - e digo todos porque eu sei e como eu sei, quem quiser saber sabe, quem não quiser saber, lixa-se porque eu mando aqui e acabou a conversa - e amamos outras pessoas, ao longo da nossa vida, fora da nossa família.
Há, de facto, imensas pessoas que dizemos amar, mas por quantas dessas daríamos a vida? E atrás desse "amor" o que é que vem?
Parte-se do pressuposto que se ama tendo por detrás amizade, habituação, carinho, gratidão, sex urge. E então?
Houve alguém que disse algures: "O que é o amor? E o que é que significa? Querer alguém como te quero? Amar-te com a própria vida?"
Certo, tudo certo. Mas então é possível amar sem nos darmos por esse alguém?
É óbvio que a resposta não é certa, mas cinjo-me ao que sei sobre estas merdas, o que digamos, não é pouco.
Na minha opinião amamos todos aqueles que possamos amar sem que nos habituemos ao seu amor. Isto é, que nos façam falta quando não estão, independentemente de querermos abraçar e dizer "És o meu melhor amigo" ou morder a orelha e murmurar "Papava-te isso tudo, $#%&/%&$#"$".
Amamos todos aqueles que trucidariam o nosso mundo se partissem dele. Amamos todos aqueles que amamos, independentemente de sabermos se nos amam ou não.
E será isso importante? Precisaremos de correspondência para amar alguém?
Conseguiremos, até que ponto, forçarmo-nos a "amar" alguém?
A mente humana é, de todas as mais perversas armas de submissão psicológica, a mais potente. É, no entanto, a mais débil e com mais pontos fracos.
Resta-nos a ignorância. Sabemos quando amamos ou quando julgamos amar. Isso chega-me, pelo menos.
Partindo então da premissa inválida, IMO, de que "não há amor como o primeiro", como disse o poeta, "que fazer quando tudo arde"?
Fugimos, quando esse amor foge? Morremos, quando esse amor morre?
Foda-se, continuamos.
E porquê? Porque, de entre todas as pessoas neste mundo, existe sempre uma melhor do que nós.
Existe sempre outra que nos leva a um mundo que não sonhamos.
Existimos sempre nós, diferentes ou não.
E o mundo inteiro lá fora.
| 2 comentários |
Who believes in fairytales?
On a far distant land.
Born gifted with the Rhyme,
Stretched across a hairloom band.
He recalled most of his tale,
Even memories from his back.
He did the most a man can hail,
He did it all, he lost his track.
His opinions were demeaning,
As he was, not sure, I guess.
He could always be misleading,
Like a little game of chess.
Most of all, he was sincere.
He told the truth to stop the gaze.
He tried the hardest to be feared,
He lead everyone to their own place.
Like every tale about a boy,
This one has a girl to make it mixed.
She tried the hardest to have a toy,
He tried his best to be released.
They struggled hard,
They fought that well,
They had their love,
As they had their hell.
She took the most
That boy could give.
He dropped his post,
Without belief.
That girl was kind,
As he was sick.
Maybe he was blind,
Or she was a trick.
He thought that over,
Time and again.
She was a lover
As she was a friend.
And he did a promise
To his own self.
This is the story about a boy,
Who fought so hard to be a king.
He gave his love, and his own joy,
Without receiving anything.
That boy died young,
And nevermind, he died that fast.
He wrote a story about a boy
Who was the boy within his past.
And that story is the one I told
About a boy meant to be king.
Maybe he was lost upon the road.
That road which no-one will ever bring.
| 0 comentários |
Bibbidi Bobbidi
Da adesso, ormai che senso ha cercare di abbracciare un passato piu puro? Guardando avanti rischierò ma riesco a rispondere ai miei perchè...
Tutto ciò che sarai era già stato scritto. Se davvero esiste, questo dio ha fallito.
Ogni parola pronunciata sarà lo specchio del tuo dolore: Riflette la colpa, alimenta l'odio
Madre:
Il mio destino scelgo, se riesco a resistere.
Sono ancora in piedi in questo istante di pura follia. Non so piu' se desiderare il bene o il male anche se il peccato forse piú mi dá.
Da adesso ormai che senso ha, opporre resistenza a un destino segnato?
Non restero a guardare senza, riuscire a resisterti...
Risvegliarmi
Madre:
Il mio destino scelgo, se riesco a resistere...
Non c'e scelta senza me.
Non c'e vita senza me.
Espero que alguém compreenda.
| 0 comentários |
O homem que fala demais
Falava tanto que falava quando estava triste e quando estava feliz; falava quando estava acompanhado e falava na mesma quando estava sozinho; falava quando chovia e falava também quando fazia sol.
O homem que falava demais era uma pessoa simples e afável: só tinha esse defeito de falar demais.
Era uma vez uma menina que falava demenos. E o homem que falava demais viu a rapariga que falava demenos.
Abraçou-a em silêncio e chorou baixinho.
A menina que falava demenos não disse nada, e mesmo assim o homem que falava demais falou e falou e falou.
Ao chegar a noite, o homem que falava demais largou finalmente a menina que falava demenos e disse-lhe: "Sabes, aposto que por falar demenos, sempre que dizes algo, esse algo é bonito como a tua face, bondoso como a tua alma e perfeito como os teus cabelos."
E a menina que falava demenos suspirou.
No dia seguinte, o homem que falava demais encontrou-se com a menina que falava demenos.
A menina que falava demenos abriu a boca mas não saiu nenhuma palavra.
O homem que falava demais gemeu: "Que tens tu?"
E então a menina que falava demenos respondeu, finalmente. "Adeus".
O homem que falava demais caiu, novamente, fulminado pelo seu destino. Falara demais.
Agora é ele quem fala demenos.
| 4 comentários |
Agonia
E atravesso-te.
És purpurina doce que esvoaça
Nos meandros particulares.
Estendo a minha mão à tua mão macia
E não te toco.
Por vezes, dou por mim a pensar
Se existirás mesmo.
Estendo a minha mão ao teu rosto ledo,
E tu afastas-te.
És objectiva,
Refractora do meu desejo.
Estendo a minha mão ao teu cabelo liso,
E só sinto ar.
Diafragma de sonhos
Que me filtra por um silêncio escuro.
Estendo a minha mão ao teu pescoço de cisne,
E ele não existe.
Agora sinto-me mal.
Quero-te a ti e não ao teu fantasma.
| 1 comentários |
Abyssus Abyssum Invocat
Such strange abysses that just jump to our path, blocking our exit. We live beguilling, as we live hoping, lusting for a brave new world, a clear new horizon.
And that's why I chose love over hate, hatred over tyranny. Terror over friendship.
That's why I taught myself to be a free-spirit instead of a slave, in which all would shit and piss. That's why I chose to let go.
I have lived many tales, and I've fought many skirmishes with fear in my right hand and love in my left hand. I thoroughly realized that only the strikes I would inflict with my Right hand would connect. The ones I struck with the left one became flawed.
So, I stand here, today, before you, stating that it's far more safer to be feared than loved.
But I have no expectations. I also realize that ninety per cent of everyone I know would go by the noble way, the lovely way, the worst way...
My scars will speak for me, when I say I would never choose the hard way instead of the easy one, the left path instead of the right one...
Inspite my heart does pound and beat everytime faster and faster, harder and harder, clockticking all the seconds left for my tender voyage through this stupid land, where I can and WILL carve my path with bloodshed, bloodthirst and bloodlust.
Before you I stand, as the ruler of my world.
Bow.
That's the power of my wrath.
| 2 comentários |
Who wants to be a millionaire
A. Money
| 4 comentários |
Forma de SER
Tu és,
Ele é,
Nós somos
Vós estis
Eles são.
Embora descorde particularmente da expressão "Vós estis sal terrae" dou-lhe o valor devido.
Somos de facto sal, em terra. Obrigamos assim aquela terra a não produzir vida, nada de nada. Somos de facto, uma espécie de anti-adubo que vagueia por aqui e por ali a derrubar, matar, tirar, roubar, destruir.
Caramba, que somos nós.
Dou por mim sentado, inerte, enquanto balbucio palavras sem sentido.
Morremos porquê? Acima de tudo, porque vivemos?
Existe, afinal, tanto em nós, que desejamos nem sentir, nem viver. E aí entra a parte cruel do nosso SER:
Molestar,
Magoar,
Partir.
| 0 comentários |
Te Deum Laudamus
Não vou negar que, por vezes, quando entro numa igreja, se assuma a mim uma súbita vontade de me benzer ou rezar uma oraçãozita. São os males das raízes, da nossa educação.
Hoje, assumo-me, aqui, profundamente agnóstico e maledicente de religião, espiritualidades e coisas afins.
"O homem deparou-se com a vida social e inventou a política. Deparou-se com a sua morte e inventou a religião."
Maldita forma que temos de viver a vida. Rezamos diariamente a um, outro ou ainda outro deus e para quê? Somos mortais, de forma e feitio, vivemos uma vida mortal e deixamos um legado mortal que, mais tarde ou mais cedo, se extingue sem herança nem desavença.
"Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Tende piedade de mim e daquel'outro que se destrói diariamente porque a vida não presta, não assenta bem.
"Glória a vós, senhor"
Entretanto, tudo se esvai, tudo se perde. Nada fica para saborearmos nem que seja a felicidade por um dia.
Começo a ficar seriamente farto de incompetências, "Senhor".
| 1 comentários |
Como vejo
Há malta que diz, ah e tal e tal e coiso, "és muito racional", "és muito emocional", "és um idiota chapado".
E eu concordo com as três, dizendo a verdade, porque tudo é verdade quando fazemos com que seja verdade.
Por exemplo, existe aquela coisa toda do universo só aceitar "sims" e não "nãos". E depois existe a espectacular coincidência de, entre todas as ferramentas maravilhosas à disposição dos animais que erram por esta terra fora, a mente humana ser de entre todas, não só a mais estupidamente versátil como a mais incoerentemente poderosa.
Assim, se eu quiser comer a "Maria" ou a "Odete" vou enviar para o Universo uma mensagem telepática: "Sim, quero comer a Maria". E o universo trata disso por mim. A parte ridiculamente espectacular nesta teoria feliz é que, mesmo que o Universo tenha a infeliz ideia de não considerar a minha mensagem - O que parecendo, e eu sei o que estão a pensar, absolutamente parvo, visto eu ser a obra-prima da criação e como tal o preferido lógico do senhor lá de cima, não peca por ser verdade, visto que eu de facto tenho um azar de uma figa com a porcaria da astrofísica.
Mas não nos alonguemos.
A questão aqui é que, como todas as minhas fantásticas teorias, tem um triste reverso - As teorias dos outros têm vários reversos e nenhum verso, thus, fazendo as minhas teorias geniais.
Existem milhares de "Marias" e de "Odetes", e 'tá bem que penso na cara de uma quando mando a mensagem, mas há "Marias" e "Odetes" quase iguais no mundo. Afinal de contas, o Universo é inifinito, logo existe um número infinito de coisas que lhe pedem coisas. E não sabemos até que ponto o Universo se restringe só a nós como seres vivos, o que acaba por criar um problema gigantesco de logística.
E se o Universo se engana e me envia uma "Maria" diferente? Estou perante um drama ético de proporções hercúleas!
Posso eventualmente tirar o melhor partido desse (in)feliz acaso do destino e fazer dessa "Maria" a minha "Maria" ou dessa "Odete" a minha "Odete".
O que sucede é que, mesmo depois desse (con)sequente acaso ser adendado da melhor forma, ocorre ainda outra situação: Pode parecer a minha "Maria" mas não é a minha "Maria".
E vou continuar a mandar mensagens e vão continuar a vir "Marias" enganadas.
Eu não sou de me fazer esquisito mas isso vai criar um monopólio de "Marias" na minha pessoa e privar os meus fiéis seguidores e eventuais críticos (embora o Universo nada queira com pessoas de tal vil safadeza) de tais prazeres. Algo que como bom Comunista - visto ser este o sistema do Eleito - rejeito e repudio profundamente.
Não é que tenha um prazer etéreo em partilhar tudo o que é meu, mas porra, há limites!
Preparo-me assim para o pior dia da minha vida.
Ab aeterno.
| 2 comentários |
Omnipotente, omnipresente, omnívoro
Pois bem, sou um convicto explícito e explicitamente certo de ser arrogante como a água é transparente - E aqui refiro-me, obviamente, à água não-porca.
A displicência de viver cada vez mais em algo que ajudei a criar e a manter, isto é, o mundo em que vivemos, dá-me vontade de berrar do fundo dos meus pulmões algo profano e correr desnudo aí pela rua fora. Mas a verdade é que, apesar de tudo, ainda não legalizaram isso e nem devem legalizar tão cedo. Resta-me assim, do fundo do meu desprezo, recorrer ao raio da blogosfera que, por motivos diversos, nem é uma esfera, para descarregar a minha frustração emocional.
É óbvio que existem cada vez menos lugares bonitos e pessoas simpáticas. É óbvio que a cada dia que passa derrete meio metro de calote polar e morrem trinta mil quilos de urso polar... - Sim, porque nem tudo o que é vermelho vem da vaca.
É ainda mais óbvio que ninguém, excepto eu, é perfeito. Toda a gente faz, com todas as letras, merda da grossa, mas nem toda a gente sabe chegar-se à frente e admitir.
É tanto mais fácil para nós agir como se nada fosse connosco e que o vizinho de lado é que sofre dito, daquilo e daquel'outro, é que tem amigos malucos e primos e tias e sobrinhos e enteados - e enfiados - e padrinhos e pais e mães e avós e avôs malucos.
Pois bem, tendemos sempre a um infinito de cores e rodopios fúteis em que apenas fugimos de nós próprios durante um segundo contemplativo. E é aqui que eu entro. Eu nunca contemplo...
Quer dizer, de tudo o que sei e ainda mais do que poderia saber, como onomasticamente perfeitamente se denomina o antro da minha baboseira, existem fronteiras que todos sabemos estar fechadas ao comum dos mortais.
Prazer extremo, Dor suave, Imortalidade.
Restam-nos milhares de sentimentos, é verdade. Vivemos para sermos destruídos, "porque somos pó, e ao pó retornamos".
Será que podemos realmente fazer algo de útil das nossas vidas?
Existirão realmente legados imortais?
Já dizia o sábio "À vaincre sans peril, on triomphe sans gloire".
Eu prefiro não correr riscos e não triunfar.
| 0 comentários |