Colados na minha mente, um pedaço de puzzle irrequieto.
Pedaços de cidades situadas, na sombra do vento.
terça-feira, 26 de maio de 2009
às
12:11
| Postado por
Indigo
Hoje acordei,
Com vontade de ser diferente.
Porque é que tentamos sempre ser melhores?
Com vontade de ser diferente.
Porque é que tentamos sempre ser melhores?
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Os habituels do costume
sábado, 23 de maio de 2009
às
02:40
| Postado por
Indigo
Bem, depois de tanta teorificação poetificada, hoje decidi escrever sobre uma dicotomia que abarca toda uma pletora de cidadãos e idiotas armados em cidadãos.
Falo de amor/habituação.
Todos nós sabemos que amamos as pessoas da nossa família - e digo todos porque eu sei e como eu sei, quem quiser saber sabe, quem não quiser saber, lixa-se porque eu mando aqui e acabou a conversa - e amamos outras pessoas, ao longo da nossa vida, fora da nossa família.
Há, de facto, imensas pessoas que dizemos amar, mas por quantas dessas daríamos a vida? E atrás desse "amor" o que é que vem?
Parte-se do pressuposto que se ama tendo por detrás amizade, habituação, carinho, gratidão, sex urge. E então?
Houve alguém que disse algures: "O que é o amor? E o que é que significa? Querer alguém como te quero? Amar-te com a própria vida?"
Certo, tudo certo. Mas então é possível amar sem nos darmos por esse alguém?
É óbvio que a resposta não é certa, mas cinjo-me ao que sei sobre estas merdas, o que digamos, não é pouco.
Na minha opinião amamos todos aqueles que possamos amar sem que nos habituemos ao seu amor. Isto é, que nos façam falta quando não estão, independentemente de querermos abraçar e dizer "És o meu melhor amigo" ou morder a orelha e murmurar "Papava-te isso tudo, $#%&/%&$#"$".
Amamos todos aqueles que trucidariam o nosso mundo se partissem dele. Amamos todos aqueles que amamos, independentemente de sabermos se nos amam ou não.
E será isso importante? Precisaremos de correspondência para amar alguém?
Conseguiremos, até que ponto, forçarmo-nos a "amar" alguém?
A mente humana é, de todas as mais perversas armas de submissão psicológica, a mais potente. É, no entanto, a mais débil e com mais pontos fracos.
Resta-nos a ignorância. Sabemos quando amamos ou quando julgamos amar. Isso chega-me, pelo menos.
Partindo então da premissa inválida, IMO, de que "não há amor como o primeiro", como disse o poeta, "que fazer quando tudo arde"?
Fugimos, quando esse amor foge? Morremos, quando esse amor morre?
Foda-se, continuamos.
E porquê? Porque, de entre todas as pessoas neste mundo, existe sempre uma melhor do que nós.
Existe sempre outra que nos leva a um mundo que não sonhamos.
Existimos sempre nós, diferentes ou não.
E o mundo inteiro lá fora.
Falo de amor/habituação.
Todos nós sabemos que amamos as pessoas da nossa família - e digo todos porque eu sei e como eu sei, quem quiser saber sabe, quem não quiser saber, lixa-se porque eu mando aqui e acabou a conversa - e amamos outras pessoas, ao longo da nossa vida, fora da nossa família.
Há, de facto, imensas pessoas que dizemos amar, mas por quantas dessas daríamos a vida? E atrás desse "amor" o que é que vem?
Parte-se do pressuposto que se ama tendo por detrás amizade, habituação, carinho, gratidão, sex urge. E então?
Houve alguém que disse algures: "O que é o amor? E o que é que significa? Querer alguém como te quero? Amar-te com a própria vida?"
Certo, tudo certo. Mas então é possível amar sem nos darmos por esse alguém?
É óbvio que a resposta não é certa, mas cinjo-me ao que sei sobre estas merdas, o que digamos, não é pouco.
Na minha opinião amamos todos aqueles que possamos amar sem que nos habituemos ao seu amor. Isto é, que nos façam falta quando não estão, independentemente de querermos abraçar e dizer "És o meu melhor amigo" ou morder a orelha e murmurar "Papava-te isso tudo, $#%&/%&$#"$".
Amamos todos aqueles que trucidariam o nosso mundo se partissem dele. Amamos todos aqueles que amamos, independentemente de sabermos se nos amam ou não.
E será isso importante? Precisaremos de correspondência para amar alguém?
Conseguiremos, até que ponto, forçarmo-nos a "amar" alguém?
A mente humana é, de todas as mais perversas armas de submissão psicológica, a mais potente. É, no entanto, a mais débil e com mais pontos fracos.
Resta-nos a ignorância. Sabemos quando amamos ou quando julgamos amar. Isso chega-me, pelo menos.
Partindo então da premissa inválida, IMO, de que "não há amor como o primeiro", como disse o poeta, "que fazer quando tudo arde"?
Fugimos, quando esse amor foge? Morremos, quando esse amor morre?
Foda-se, continuamos.
E porquê? Porque, de entre todas as pessoas neste mundo, existe sempre uma melhor do que nós.
Existe sempre outra que nos leva a um mundo que não sonhamos.
Existimos sempre nós, diferentes ou não.
E o mundo inteiro lá fora.
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Who believes in fairytales?
quinta-feira, 21 de maio de 2009
às
01:08
| Postado por
Indigo
Once upon a time,
On a far distant land.
Born gifted with the Rhyme,
Stretched across a hairloom band.
He recalled most of his tale,
Even memories from his back.
He did the most a man can hail,
He did it all, he lost his track.
His opinions were demeaning,
As he was, not sure, I guess.
He could always be misleading,
Like a little game of chess.
Most of all, he was sincere.
He told the truth to stop the gaze.
He tried the hardest to be feared,
He lead everyone to their own place.
Like every tale about a boy,
This one has a girl to make it mixed.
She tried the hardest to have a toy,
He tried his best to be released.
They struggled hard,
They fought that well,
They had their love,
As they had their hell.
She took the most
That boy could give.
He dropped his post,
Without belief.
That girl was kind,
As he was sick.
Maybe he was blind,
Or she was a trick.
He thought that over,
Time and again.
She was a lover
As she was a friend.
And he did a promise
To his own self.
This is the story about a boy,
Who fought so hard to be a king.
He gave his love, and his own joy,
Without receiving anything.
That boy died young,
And nevermind, he died that fast.
He wrote a story about a boy
Who was the boy within his past.
And that story is the one I told
About a boy meant to be king.
Maybe he was lost upon the road.
That road which no-one will ever bring.
On a far distant land.
Born gifted with the Rhyme,
Stretched across a hairloom band.
He recalled most of his tale,
Even memories from his back.
He did the most a man can hail,
He did it all, he lost his track.
His opinions were demeaning,
As he was, not sure, I guess.
He could always be misleading,
Like a little game of chess.
Most of all, he was sincere.
He told the truth to stop the gaze.
He tried the hardest to be feared,
He lead everyone to their own place.
Like every tale about a boy,
This one has a girl to make it mixed.
She tried the hardest to have a toy,
He tried his best to be released.
They struggled hard,
They fought that well,
They had their love,
As they had their hell.
She took the most
That boy could give.
He dropped his post,
Without belief.
That girl was kind,
As he was sick.
Maybe he was blind,
Or she was a trick.
He thought that over,
Time and again.
She was a lover
As she was a friend.
And he did a promise
To his own self.
This is the story about a boy,
Who fought so hard to be a king.
He gave his love, and his own joy,
Without receiving anything.
That boy died young,
And nevermind, he died that fast.
He wrote a story about a boy
Who was the boy within his past.
And that story is the one I told
About a boy meant to be king.
Maybe he was lost upon the road.
That road which no-one will ever bring.
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Bibbidi Bobbidi
quarta-feira, 20 de maio de 2009
às
12:47
| Postado por
Indigo
Scorre lento il mio tempo, che scivola sul velo della mia pelle nuda. Se oltrepassassi il confine che mi hai dato, forse io non sarei qui.
Da adesso, ormai che senso ha cercare di abbracciare un passato piu puro? Guardando avanti rischierò ma riesco a rispondere ai miei perchè...
Tutto ciò che sarai era già stato scritto. Se davvero esiste, questo dio ha fallito.
Ogni parola pronunciata sarà lo specchio del tuo dolore: Riflette la colpa, alimenta l'odio
Madre:
Il mio destino scelgo, se riesco a resistere.
Sono ancora in piedi in questo istante di pura follia. Non so piu' se desiderare il bene o il male anche se il peccato forse piú mi dá.
Da adesso ormai che senso ha, opporre resistenza a un destino segnato?
Non restero a guardare senza, riuscire a resisterti...
Risvegliarmi
Madre:
Il mio destino scelgo, se riesco a resistere...
Non c'e scelta senza me.
Non c'e vita senza me.
Espero que alguém compreenda.
Da adesso, ormai che senso ha cercare di abbracciare un passato piu puro? Guardando avanti rischierò ma riesco a rispondere ai miei perchè...
Tutto ciò che sarai era già stato scritto. Se davvero esiste, questo dio ha fallito.
Ogni parola pronunciata sarà lo specchio del tuo dolore: Riflette la colpa, alimenta l'odio
Madre:
Il mio destino scelgo, se riesco a resistere.
Sono ancora in piedi in questo istante di pura follia. Non so piu' se desiderare il bene o il male anche se il peccato forse piú mi dá.
Da adesso ormai che senso ha, opporre resistenza a un destino segnato?
Non restero a guardare senza, riuscire a resisterti...
Risvegliarmi
Madre:
Il mio destino scelgo, se riesco a resistere...
Non c'e scelta senza me.
Non c'e vita senza me.
Espero que alguém compreenda.
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O homem que fala demais
terça-feira, 19 de maio de 2009
às
20:33
| Postado por
Indigo
Era uma vez o homem que fala demais.
Falava tanto que falava quando estava triste e quando estava feliz; falava quando estava acompanhado e falava na mesma quando estava sozinho; falava quando chovia e falava também quando fazia sol.
O homem que falava demais era uma pessoa simples e afável: só tinha esse defeito de falar demais.
Era uma vez uma menina que falava demenos. E o homem que falava demais viu a rapariga que falava demenos.
Abraçou-a em silêncio e chorou baixinho.
A menina que falava demenos não disse nada, e mesmo assim o homem que falava demais falou e falou e falou.
Ao chegar a noite, o homem que falava demais largou finalmente a menina que falava demenos e disse-lhe: "Sabes, aposto que por falar demenos, sempre que dizes algo, esse algo é bonito como a tua face, bondoso como a tua alma e perfeito como os teus cabelos."
E a menina que falava demenos suspirou.
No dia seguinte, o homem que falava demais encontrou-se com a menina que falava demenos.
A menina que falava demenos abriu a boca mas não saiu nenhuma palavra.
O homem que falava demais gemeu: "Que tens tu?"
E então a menina que falava demenos respondeu, finalmente. "Adeus".
O homem que falava demais caiu, novamente, fulminado pelo seu destino. Falara demais.
Agora é ele quem fala demenos.
Falava tanto que falava quando estava triste e quando estava feliz; falava quando estava acompanhado e falava na mesma quando estava sozinho; falava quando chovia e falava também quando fazia sol.
O homem que falava demais era uma pessoa simples e afável: só tinha esse defeito de falar demais.
Era uma vez uma menina que falava demenos. E o homem que falava demais viu a rapariga que falava demenos.
Abraçou-a em silêncio e chorou baixinho.
A menina que falava demenos não disse nada, e mesmo assim o homem que falava demais falou e falou e falou.
Ao chegar a noite, o homem que falava demais largou finalmente a menina que falava demenos e disse-lhe: "Sabes, aposto que por falar demenos, sempre que dizes algo, esse algo é bonito como a tua face, bondoso como a tua alma e perfeito como os teus cabelos."
E a menina que falava demenos suspirou.
No dia seguinte, o homem que falava demais encontrou-se com a menina que falava demenos.
A menina que falava demenos abriu a boca mas não saiu nenhuma palavra.
O homem que falava demais gemeu: "Que tens tu?"
E então a menina que falava demenos respondeu, finalmente. "Adeus".
O homem que falava demais caiu, novamente, fulminado pelo seu destino. Falara demais.
Agora é ele quem fala demenos.
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Agonia
às
11:22
| Postado por
Indigo
Estendo a minha mão ao teu ventre liso
E atravesso-te.
És purpurina doce que esvoaça
Nos meandros particulares.
Estendo a minha mão à tua mão macia
E não te toco.
Por vezes, dou por mim a pensar
Se existirás mesmo.
Estendo a minha mão ao teu rosto ledo,
E tu afastas-te.
És objectiva,
Refractora do meu desejo.
Estendo a minha mão ao teu cabelo liso,
E só sinto ar.
Diafragma de sonhos
Que me filtra por um silêncio escuro.
Estendo a minha mão ao teu pescoço de cisne,
E ele não existe.
Agora sinto-me mal.
Quero-te a ti e não ao teu fantasma.
E atravesso-te.
És purpurina doce que esvoaça
Nos meandros particulares.
Estendo a minha mão à tua mão macia
E não te toco.
Por vezes, dou por mim a pensar
Se existirás mesmo.
Estendo a minha mão ao teu rosto ledo,
E tu afastas-te.
És objectiva,
Refractora do meu desejo.
Estendo a minha mão ao teu cabelo liso,
E só sinto ar.
Diafragma de sonhos
Que me filtra por um silêncio escuro.
Estendo a minha mão ao teu pescoço de cisne,
E ele não existe.
Agora sinto-me mal.
Quero-te a ti e não ao teu fantasma.
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Abyssus Abyssum Invocat
às
02:22
| Postado por
Indigo
There are so many battles to win in our lives.
Such strange abysses that just jump to our path, blocking our exit. We live beguilling, as we live hoping, lusting for a brave new world, a clear new horizon.
And that's why I chose love over hate, hatred over tyranny. Terror over friendship.
That's why I taught myself to be a free-spirit instead of a slave, in which all would shit and piss. That's why I chose to let go.
I have lived many tales, and I've fought many skirmishes with fear in my right hand and love in my left hand. I thoroughly realized that only the strikes I would inflict with my Right hand would connect. The ones I struck with the left one became flawed.
So, I stand here, today, before you, stating that it's far more safer to be feared than loved.
But I have no expectations. I also realize that ninety per cent of everyone I know would go by the noble way, the lovely way, the worst way...
My scars will speak for me, when I say I would never choose the hard way instead of the easy one, the left path instead of the right one...
Inspite my heart does pound and beat everytime faster and faster, harder and harder, clockticking all the seconds left for my tender voyage through this stupid land, where I can and WILL carve my path with bloodshed, bloodthirst and bloodlust.
Before you I stand, as the ruler of my world.
Bow.
That's the power of my wrath.
Such strange abysses that just jump to our path, blocking our exit. We live beguilling, as we live hoping, lusting for a brave new world, a clear new horizon.
And that's why I chose love over hate, hatred over tyranny. Terror over friendship.
That's why I taught myself to be a free-spirit instead of a slave, in which all would shit and piss. That's why I chose to let go.
I have lived many tales, and I've fought many skirmishes with fear in my right hand and love in my left hand. I thoroughly realized that only the strikes I would inflict with my Right hand would connect. The ones I struck with the left one became flawed.
So, I stand here, today, before you, stating that it's far more safer to be feared than loved.
But I have no expectations. I also realize that ninety per cent of everyone I know would go by the noble way, the lovely way, the worst way...
My scars will speak for me, when I say I would never choose the hard way instead of the easy one, the left path instead of the right one...
Inspite my heart does pound and beat everytime faster and faster, harder and harder, clockticking all the seconds left for my tender voyage through this stupid land, where I can and WILL carve my path with bloodshed, bloodthirst and bloodlust.
Before you I stand, as the ruler of my world.
Bow.
That's the power of my wrath.
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Who wants to be a millionaire
às
01:36
| Postado por
Latika
What does it take to find a lost love?
A. Money
B. Luck
C. Smarts
D. Destiny
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Forma de SER
domingo, 17 de maio de 2009
às
18:55
| Postado por
Indigo
Eu sou,
Tu és,
Ele é,
Nós somos
Vós estis
Eles são.
Embora descorde particularmente da expressão "Vós estis sal terrae" dou-lhe o valor devido.
Somos de facto sal, em terra. Obrigamos assim aquela terra a não produzir vida, nada de nada. Somos de facto, uma espécie de anti-adubo que vagueia por aqui e por ali a derrubar, matar, tirar, roubar, destruir.
Caramba, que somos nós.
Dou por mim sentado, inerte, enquanto balbucio palavras sem sentido.
Morremos porquê? Acima de tudo, porque vivemos?
Existe, afinal, tanto em nós, que desejamos nem sentir, nem viver. E aí entra a parte cruel do nosso SER:
Molestar,
Magoar,
Partir.
Tu és,
Ele é,
Nós somos
Vós estis
Eles são.
Embora descorde particularmente da expressão "Vós estis sal terrae" dou-lhe o valor devido.
Somos de facto sal, em terra. Obrigamos assim aquela terra a não produzir vida, nada de nada. Somos de facto, uma espécie de anti-adubo que vagueia por aqui e por ali a derrubar, matar, tirar, roubar, destruir.
Caramba, que somos nós.
Dou por mim sentado, inerte, enquanto balbucio palavras sem sentido.
Morremos porquê? Acima de tudo, porque vivemos?
Existe, afinal, tanto em nós, que desejamos nem sentir, nem viver. E aí entra a parte cruel do nosso SER:
Molestar,
Magoar,
Partir.
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Te Deum Laudamus
sexta-feira, 15 de maio de 2009
às
21:57
| Postado por
Indigo
Caramba, depois do meu título todo lindinho quase aposto que iriam pensar que eu sou um católico assumido ou que pelo menos tenho uma faceta espiritual.
Não vou negar que, por vezes, quando entro numa igreja, se assuma a mim uma súbita vontade de me benzer ou rezar uma oraçãozita. São os males das raízes, da nossa educação.
Hoje, assumo-me, aqui, profundamente agnóstico e maledicente de religião, espiritualidades e coisas afins.
"O homem deparou-se com a vida social e inventou a política. Deparou-se com a sua morte e inventou a religião."
Maldita forma que temos de viver a vida. Rezamos diariamente a um, outro ou ainda outro deus e para quê? Somos mortais, de forma e feitio, vivemos uma vida mortal e deixamos um legado mortal que, mais tarde ou mais cedo, se extingue sem herança nem desavença.
"Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Tende piedade de mim e daquel'outro que se destrói diariamente porque a vida não presta, não assenta bem.
"Glória a vós, senhor"
Entretanto, tudo se esvai, tudo se perde. Nada fica para saborearmos nem que seja a felicidade por um dia.
Começo a ficar seriamente farto de incompetências, "Senhor".
Não vou negar que, por vezes, quando entro numa igreja, se assuma a mim uma súbita vontade de me benzer ou rezar uma oraçãozita. São os males das raízes, da nossa educação.
Hoje, assumo-me, aqui, profundamente agnóstico e maledicente de religião, espiritualidades e coisas afins.
"O homem deparou-se com a vida social e inventou a política. Deparou-se com a sua morte e inventou a religião."
Maldita forma que temos de viver a vida. Rezamos diariamente a um, outro ou ainda outro deus e para quê? Somos mortais, de forma e feitio, vivemos uma vida mortal e deixamos um legado mortal que, mais tarde ou mais cedo, se extingue sem herança nem desavença.
"Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Tende piedade de mim e daquel'outro que se destrói diariamente porque a vida não presta, não assenta bem.
"Glória a vós, senhor"
Entretanto, tudo se esvai, tudo se perde. Nada fica para saborearmos nem que seja a felicidade por um dia.
Começo a ficar seriamente farto de incompetências, "Senhor".
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Como vejo
às
00:11
| Postado por
Indigo
Nada é diferente do que eu vejo.
Há malta que diz, ah e tal e tal e coiso, "és muito racional", "és muito emocional", "és um idiota chapado".
E eu concordo com as três, dizendo a verdade, porque tudo é verdade quando fazemos com que seja verdade.
Por exemplo, existe aquela coisa toda do universo só aceitar "sims" e não "nãos". E depois existe a espectacular coincidência de, entre todas as ferramentas maravilhosas à disposição dos animais que erram por esta terra fora, a mente humana ser de entre todas, não só a mais estupidamente versátil como a mais incoerentemente poderosa.
Assim, se eu quiser comer a "Maria" ou a "Odete" vou enviar para o Universo uma mensagem telepática: "Sim, quero comer a Maria". E o universo trata disso por mim. A parte ridiculamente espectacular nesta teoria feliz é que, mesmo que o Universo tenha a infeliz ideia de não considerar a minha mensagem - O que parecendo, e eu sei o que estão a pensar, absolutamente parvo, visto eu ser a obra-prima da criação e como tal o preferido lógico do senhor lá de cima, não peca por ser verdade, visto que eu de facto tenho um azar de uma figa com a porcaria da astrofísica.
Mas não nos alonguemos.
A questão aqui é que, como todas as minhas fantásticas teorias, tem um triste reverso - As teorias dos outros têm vários reversos e nenhum verso, thus, fazendo as minhas teorias geniais.
Existem milhares de "Marias" e de "Odetes", e 'tá bem que penso na cara de uma quando mando a mensagem, mas há "Marias" e "Odetes" quase iguais no mundo. Afinal de contas, o Universo é inifinito, logo existe um número infinito de coisas que lhe pedem coisas. E não sabemos até que ponto o Universo se restringe só a nós como seres vivos, o que acaba por criar um problema gigantesco de logística.
E se o Universo se engana e me envia uma "Maria" diferente? Estou perante um drama ético de proporções hercúleas!
Posso eventualmente tirar o melhor partido desse (in)feliz acaso do destino e fazer dessa "Maria" a minha "Maria" ou dessa "Odete" a minha "Odete".
O que sucede é que, mesmo depois desse (con)sequente acaso ser adendado da melhor forma, ocorre ainda outra situação: Pode parecer a minha "Maria" mas não é a minha "Maria".
E vou continuar a mandar mensagens e vão continuar a vir "Marias" enganadas.
Eu não sou de me fazer esquisito mas isso vai criar um monopólio de "Marias" na minha pessoa e privar os meus fiéis seguidores e eventuais críticos (embora o Universo nada queira com pessoas de tal vil safadeza) de tais prazeres. Algo que como bom Comunista - visto ser este o sistema do Eleito - rejeito e repudio profundamente.
Não é que tenha um prazer etéreo em partilhar tudo o que é meu, mas porra, há limites!
Preparo-me assim para o pior dia da minha vida.
Ab aeterno.
Há malta que diz, ah e tal e tal e coiso, "és muito racional", "és muito emocional", "és um idiota chapado".
E eu concordo com as três, dizendo a verdade, porque tudo é verdade quando fazemos com que seja verdade.
Por exemplo, existe aquela coisa toda do universo só aceitar "sims" e não "nãos". E depois existe a espectacular coincidência de, entre todas as ferramentas maravilhosas à disposição dos animais que erram por esta terra fora, a mente humana ser de entre todas, não só a mais estupidamente versátil como a mais incoerentemente poderosa.
Assim, se eu quiser comer a "Maria" ou a "Odete" vou enviar para o Universo uma mensagem telepática: "Sim, quero comer a Maria". E o universo trata disso por mim. A parte ridiculamente espectacular nesta teoria feliz é que, mesmo que o Universo tenha a infeliz ideia de não considerar a minha mensagem - O que parecendo, e eu sei o que estão a pensar, absolutamente parvo, visto eu ser a obra-prima da criação e como tal o preferido lógico do senhor lá de cima, não peca por ser verdade, visto que eu de facto tenho um azar de uma figa com a porcaria da astrofísica.
Mas não nos alonguemos.
A questão aqui é que, como todas as minhas fantásticas teorias, tem um triste reverso - As teorias dos outros têm vários reversos e nenhum verso, thus, fazendo as minhas teorias geniais.
Existem milhares de "Marias" e de "Odetes", e 'tá bem que penso na cara de uma quando mando a mensagem, mas há "Marias" e "Odetes" quase iguais no mundo. Afinal de contas, o Universo é inifinito, logo existe um número infinito de coisas que lhe pedem coisas. E não sabemos até que ponto o Universo se restringe só a nós como seres vivos, o que acaba por criar um problema gigantesco de logística.
E se o Universo se engana e me envia uma "Maria" diferente? Estou perante um drama ético de proporções hercúleas!
Posso eventualmente tirar o melhor partido desse (in)feliz acaso do destino e fazer dessa "Maria" a minha "Maria" ou dessa "Odete" a minha "Odete".
O que sucede é que, mesmo depois desse (con)sequente acaso ser adendado da melhor forma, ocorre ainda outra situação: Pode parecer a minha "Maria" mas não é a minha "Maria".
E vou continuar a mandar mensagens e vão continuar a vir "Marias" enganadas.
Eu não sou de me fazer esquisito mas isso vai criar um monopólio de "Marias" na minha pessoa e privar os meus fiéis seguidores e eventuais críticos (embora o Universo nada queira com pessoas de tal vil safadeza) de tais prazeres. Algo que como bom Comunista - visto ser este o sistema do Eleito - rejeito e repudio profundamente.
Não é que tenha um prazer etéreo em partilhar tudo o que é meu, mas porra, há limites!
Preparo-me assim para o pior dia da minha vida.
Ab aeterno.
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Omnipotente, omnipresente, omnívoro
quinta-feira, 14 de maio de 2009
às
00:00
| Postado por
Indigo
De todas as criaturas que podiam eventualmente postar, começar, adequar, apresentar, iniciar e todas as porras de verbos que acabam em "-ar", calhou, de entre todas, a menos adequada a fazê-lo.
Pois bem, sou um convicto explícito e explicitamente certo de ser arrogante como a água é transparente - E aqui refiro-me, obviamente, à água não-porca.
A displicência de viver cada vez mais em algo que ajudei a criar e a manter, isto é, o mundo em que vivemos, dá-me vontade de berrar do fundo dos meus pulmões algo profano e correr desnudo aí pela rua fora. Mas a verdade é que, apesar de tudo, ainda não legalizaram isso e nem devem legalizar tão cedo. Resta-me assim, do fundo do meu desprezo, recorrer ao raio da blogosfera que, por motivos diversos, nem é uma esfera, para descarregar a minha frustração emocional.
É óbvio que existem cada vez menos lugares bonitos e pessoas simpáticas. É óbvio que a cada dia que passa derrete meio metro de calote polar e morrem trinta mil quilos de urso polar... - Sim, porque nem tudo o que é vermelho vem da vaca.
É ainda mais óbvio que ninguém, excepto eu, é perfeito. Toda a gente faz, com todas as letras, merda da grossa, mas nem toda a gente sabe chegar-se à frente e admitir.
É tanto mais fácil para nós agir como se nada fosse connosco e que o vizinho de lado é que sofre dito, daquilo e daquel'outro, é que tem amigos malucos e primos e tias e sobrinhos e enteados - e enfiados - e padrinhos e pais e mães e avós e avôs malucos.
Pois bem, tendemos sempre a um infinito de cores e rodopios fúteis em que apenas fugimos de nós próprios durante um segundo contemplativo. E é aqui que eu entro. Eu nunca contemplo...
Quer dizer, de tudo o que sei e ainda mais do que poderia saber, como onomasticamente perfeitamente se denomina o antro da minha baboseira, existem fronteiras que todos sabemos estar fechadas ao comum dos mortais.
Prazer extremo, Dor suave, Imortalidade.
Restam-nos milhares de sentimentos, é verdade. Vivemos para sermos destruídos, "porque somos pó, e ao pó retornamos".
Será que podemos realmente fazer algo de útil das nossas vidas?
Existirão realmente legados imortais?
Já dizia o sábio "À vaincre sans peril, on triomphe sans gloire".
Eu prefiro não correr riscos e não triunfar.
Pois bem, sou um convicto explícito e explicitamente certo de ser arrogante como a água é transparente - E aqui refiro-me, obviamente, à água não-porca.
A displicência de viver cada vez mais em algo que ajudei a criar e a manter, isto é, o mundo em que vivemos, dá-me vontade de berrar do fundo dos meus pulmões algo profano e correr desnudo aí pela rua fora. Mas a verdade é que, apesar de tudo, ainda não legalizaram isso e nem devem legalizar tão cedo. Resta-me assim, do fundo do meu desprezo, recorrer ao raio da blogosfera que, por motivos diversos, nem é uma esfera, para descarregar a minha frustração emocional.
É óbvio que existem cada vez menos lugares bonitos e pessoas simpáticas. É óbvio que a cada dia que passa derrete meio metro de calote polar e morrem trinta mil quilos de urso polar... - Sim, porque nem tudo o que é vermelho vem da vaca.
É ainda mais óbvio que ninguém, excepto eu, é perfeito. Toda a gente faz, com todas as letras, merda da grossa, mas nem toda a gente sabe chegar-se à frente e admitir.
É tanto mais fácil para nós agir como se nada fosse connosco e que o vizinho de lado é que sofre dito, daquilo e daquel'outro, é que tem amigos malucos e primos e tias e sobrinhos e enteados - e enfiados - e padrinhos e pais e mães e avós e avôs malucos.
Pois bem, tendemos sempre a um infinito de cores e rodopios fúteis em que apenas fugimos de nós próprios durante um segundo contemplativo. E é aqui que eu entro. Eu nunca contemplo...
Quer dizer, de tudo o que sei e ainda mais do que poderia saber, como onomasticamente perfeitamente se denomina o antro da minha baboseira, existem fronteiras que todos sabemos estar fechadas ao comum dos mortais.
Prazer extremo, Dor suave, Imortalidade.
Restam-nos milhares de sentimentos, é verdade. Vivemos para sermos destruídos, "porque somos pó, e ao pó retornamos".
Será que podemos realmente fazer algo de útil das nossas vidas?
Existirão realmente legados imortais?
Já dizia o sábio "À vaincre sans peril, on triomphe sans gloire".
Eu prefiro não correr riscos e não triunfar.
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